LUTA PARA PRESERVAR DIALETOS EUROPEUS NO BRASIL

Falantes do Talian e Hunrisqueano lutam pela preservação dos idiomas, que misturam dialetos venezianos e e italianos. Suas práticas são comuns em Serafina Corrêa,no Rio Grande do Sul

Os idosos que jogam cartas no salão paroquial de Serafina Corrêa, uma pequena cidade no Rio Grande do Sul, parecem irrelevantes até que você preste atenção no que eles estão falando. Eles brincam não em português, mas em Talian, um dialeto que mistura palavras de dialetos venezianos e outros italianos, bem como portugueses. Ele é falado por cerca de 2 milhões de descendentes de imigrantes que vieram para o Brasil há 150 anos. Um sinal em uma faixa de pedestre na cidade pergunta: “Parché Corer Cossi? Va Pianpian “(“Por que você está correndo? Desacelere”).

Serafina Corrêa se autointitula a “capital” de Talian, uma das cerca de 30 línguas não indígenas utilizadas no Brasil, especialmente no sul. Eles incluem polonês, russo e holandês, mas também dialetos raros como Trentino, outra importação do norte da Itália, e Hunsriqueano riograndense e Pomerânia Oriental, ambas formas de alemão

O dialeto já sofreu diversas ameaças. Além da proibição de línguas estrangeiras determinada por Getúlio Vargas durante a Segunda Guerra Mundial, com punição carcerária, o português, obrigatório no ensino curricular educacional, tem tomado cada vez mais espaço entre os descendentes dos falantes de Talian.

Além da criação de gramáticas do idioma para preservá-lo, Em 2009, o conselho municipal da Serafina Corrêa ordenou a impressão de documentos oficiais em Talian e em português, e em 2014, o Ministério da Cultura do Brasil o reconheceu como parte do patrimônio cultural do país. Massolini está pressionando a UNESCO a reconhecê-lo.

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