PETRÓPOLIS

A História de Petrópolis, é cheia de encantos, surpresas e atrativos mas também é permeada de sofrimentos e dificuldades, principalmente no que se refere à colonização germânica, que será a nossa abordagem aqui.

Do sonho inicial, passando pela dor e decepção que foram transformadas em atitudes de superação. A coragem e o desejo de fazer valer os sonhos sonhados do outro lado do oceano antes da grande viagem, a travessia longa e dolorosa,  a concretização desse projeto de vida às custas de muito trabalho, suor, submissão, dedicação, disciplina, fé, religiosidade e empenho. Fazer da nova Terra, sua nova Pátria. Construir, edificar, educar, ser exemplo, prosperar.

Petrópolis hoje estampa em suas Ruas, Praças e Quarteirões, muitos nomes desses desbravadores que além do suor, também legaram seus nomes. A planta urbanística do Major de Engenheiros Júlio Frederico Koeler, faz dessa, a primeira cidade planejada, tomando os rios como ponto de partida, ladeados por duas Avenidas e nestas, o casario de frente para os Rios, traçando belíssimas paisagens, como um bordado único realizado delicadamente e com capricho. Em algumas ruas, cada proprietário tem que ter sua própria ponte pois precisa atravessar o rio para chegar em sua casa.  E quem caminhar  pelas ruas de Petrópolis não deixará de perceber esses detalhes e o legado da colonização germânica.

A CASA DOS 7 ERROS

Para quem a olha de frente, acha que a Casa de Petrópolis.....

bild 01CASA DOS SETE ACERTOS

Para quem a olha de frente, acha que a Casa de Petrópolis, também inadequadamente apelidada como a "Casa dos Sete Erros", é o resultado de pequenas diferenças entre telhados, sacadas e janelas de sua fachada. Pura ilusão, pois todas elas existem em duplicidade. Mas só que, por pura imaginação do seu construtor, elas foram colocadas propositadamente em paredes diferentes. Nunca nas mesmas fachadas.

Ela foi idealizada em 1884, obedecendo ao estilo Rainha Victória, pela família de José Tavares Guerra. Foi construída pelo engenheiro alemão Karl Spangenberger e, vejam só que que fato curioso. Ela foi a primeira residência particular na cidade a utilizar energia elétrica.

Tem em seu interior, mais de 200 painéis pintados pelo famoso artista Carl Schaeffer, trabalho esse que levou mais de dez anos para ser concluído.

Possui um lustre "barbediense" idêntico ao do Palácio de Versalhes. todo trabalhado em bronze e ouro. O teto da sala de música, retrata através de variadas pinturas, as viagens de Tavares Guerra à Europa, Palestina, Índia e África.

O jardim da casa foi projetado por Auguste Glaziou, que também era o paisagista e botânico da Casa Imperial Brasileira, e o idealizador dos jardins da Quinta da Boa Vista. Ela tem sua lareiras em mármore de Carrara e os seus espelhos são de cristal belga.

E então ? Com este enorme somatório de coisas boas, resta-me apenas completar que, no local onde funcionava no século 19, a cavalariça da mansão, toda equipada com ferragens francesas, foi criado um dos melhores restaurantes e a melhor adega da cidade, respondendo pelo nome de "Bordeaux Vinhos e Companhia".

Desse modo, tudo nos leva à esse somatório de coisas excelentes, fechando a conta nos "sete acertos". É só ir lá na Avenida Ipiranga 716 confirmar.

Bom apetite, bom divertimento mas volte para casa de taxi.

<< de volta