PETRÓPOLIS

A História de Petrópolis, é cheia de encantos, surpresas e atrativos mas também é permeada de sofrimentos e dificuldades, principalmente no que se refere à colonização germânica, que será a nossa abordagem aqui.

Do sonho inicial, passando pela dor e decepção que foram transformadas em atitudes de superação. A coragem e o desejo de fazer valer os sonhos sonhados do outro lado do oceano antes da grande viagem, a travessia longa e dolorosa,  a concretização desse projeto de vida às custas de muito trabalho, suor, submissão, dedicação, disciplina, fé, religiosidade e empenho. Fazer da nova Terra, sua nova Pátria. Construir, edificar, educar, ser exemplo, prosperar.

Petrópolis hoje estampa em suas Ruas, Praças e Quarteirões, muitos nomes desses desbravadores que além do suor, também legaram seus nomes. A planta urbanística do Major de Engenheiros Júlio Frederico Koeler, faz dessa, a primeira cidade planejada, tomando os rios como ponto de partida, ladeados por duas Avenidas e nestas, o casario de frente para os Rios, traçando belíssimas paisagens, como um bordado único realizado delicadamente e com capricho. Em algumas ruas, cada proprietário tem que ter sua própria ponte pois precisa atravessar o rio para chegar em sua casa.  E quem caminhar  pelas ruas de Petrópolis não deixará de perceber esses detalhes e o legado da colonização germânica.

HORTÊNSIAS - SIMBOLO DE PETRÓPOLIS

Ninguém sabe ao certo como as hortênsias surgiram em Petrópolis.....

bild 05DÉBORA MEDEIROS E MARISE SIMÔES

Ninguém sabe ao certo como as hortênsias surgiram em Petrópolis. Mas, segundo pesquisas, elas têm origem na China, passaram pela Europa e chegaram ao Brasil, no ano de 1840. Alguns dizem que as primeiras flores plantadas na cidade vieram com as esposas dos colonos, no século XIX. Porém, a versão de como elas se espalharam pelo município é que o primeiro prefeito de Petrópolis, Oswaldo Cruz, teria mandado plantar mudas da espécie. “As flores tornaram-se a atração da cidade”, diz o médico Laert Goulart, cultivador da flor e “expert” no assunto.

As hortênsias se adaptaram bem ao clima de Petrópolis. Outro fator que ajudou as plantas a estarem sempre bonitas, era o estrume dos cavalos das carruagens que servia de adubo para elas. “Como as carruagens deixaram de ser o principal meio de transporte da cidade e houve um desinteresse por parte das autoridades, as hortênsias foram sumindo das ruas”, explica o médico.

Com isso, a cidade perdeu o colorido das flores em suas principais ruas e avenidas. Alguns prefeitos, como Paulo Rattes, tentaram investir no plantio, mas as flores não vingaram. Fatores climáticos? Falta de técnica? É um mistério para os botânicos desvendarem. “Em 1947, quando Petrópolis começou a ser modificada para o centenário e elevação à categoria de cidade, as hortênsias eram a flor símbolo da cidade”, conta Joaquim Eloy dos Santos, historiador.

Existem quase 15 variedades de hortênsias, entre elas as que estão sendo cultivadas em estufa na cidade de Hamburgo (Alemanha), e que possuem uma cor avermelhada, além das espécies em arbustos e em trepadeiras. A tonalidade das flores vai depender do tipo de solo. Em Petrópolis, por exemplo, como o solo é ácido, as mais comuns são as que possuem tons azulados. Já as nascidas em solo alcalino, como veremos mais adiante, possuem tons avermelhados.

Quanto ao cultivo, é no mês de julho que as folhas costumam cair. O período é indicado para a poda pois, se observamos bem, no ápice só é possível ver as pétalas. Porém, em agosto, elas voltam renovadas com um viço especial. Outros fatores que interferem no processo de florescimento é a adubação e a limpeza. O simples ato de retirar os galhos que não nascem é fundamental para que a flor tenha energia. Outra curiosidade é que a hortênsia não deixa que outra planta se desenvolva próximo a ela.
Consultoria – Dr. Laerte Goulart, médico e cultivador de hortênsias.

LEGENDAS
1- Tonalidades avermelhadas são mais comuns na Alemanha
2 - Em julho, elas começam a mudar a tonalidade e as pétalas caem

Por: DÉBORA MEDEIROS E MARISE SIMÕES

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