PETRÓPOLIS

A História de Petrópolis, é cheia de encantos, surpresas e atrativos mas também é permeada de sofrimentos e dificuldades, principalmente no que se refere à colonização germânica, que será a nossa abordagem aqui.

Do sonho inicial, passando pela dor e decepção que foram transformadas em atitudes de superação. A coragem e o desejo de fazer valer os sonhos sonhados do outro lado do oceano antes da grande viagem, a travessia longa e dolorosa,  a concretização desse projeto de vida às custas de muito trabalho, suor, submissão, dedicação, disciplina, fé, religiosidade e empenho. Fazer da nova Terra, sua nova Pátria. Construir, edificar, educar, ser exemplo, prosperar.

Petrópolis hoje estampa em suas Ruas, Praças e Quarteirões, muitos nomes desses desbravadores que além do suor, também legaram seus nomes. A planta urbanística do Major de Engenheiros Júlio Frederico Koeler, faz dessa, a primeira cidade planejada, tomando os rios como ponto de partida, ladeados por duas Avenidas e nestas, o casario de frente para os Rios, traçando belíssimas paisagens, como um bordado único realizado delicadamente e com capricho. Em algumas ruas, cada proprietário tem que ter sua própria ponte pois precisa atravessar o rio para chegar em sua casa.  E quem caminhar  pelas ruas de Petrópolis não deixará de perceber esses detalhes e o legado da colonização germânica.

A CAPELA DO BINGEN

A Capela de Nossa Senhora Auxiliadora nasceu da devoção da boa gente do BINGEN.....

Capela do BingenA Capela de Nossa Senhora Auxiliadora nasceu da devoção da boa gente do BINGEN,
sobretudo dos descendentes dos colonos MEYER, JUSTEN, WINTER, TROYACK, VOGEL, DEISTER E OUTROS, encontrando-se sua origem primitiva em numa pequena Herma, que foi edificada por JOÃO MEYER, ao final do século XIX, em ação de graças por ter se recuperado de uma enfermidade que o acometera, no morro que mais tarde seria batizado com o nome de 'São Francisco'. Em 15 de setembro de 1901, Frei Jacob O.F.M., fundou a Liga de Nossa Senhora Auxiliadora e, em 8 de outubro de 1901, D. Francisco do Rego Maia, 1º Bispo da Diocese de Niterói, que exercia sua cátedra episcopal em Petrópolis, quando nossa cidade, em conseqüência do Decreto Consistorial, de 16 de julho de 1897, do Papa Leão XIII, sediou a Diocese fluminense, benzeu a nova capela e celebrou missa campal. Outro fato fundamental que está presente na memória dos descendentes de colonos do BINGEN é o fato de que a distância para acompanhar as missas na Igreja do Sagrado era imensa para estes, uma verdadeira romaria que se realizava aos domingos e tornava cansativo para os colonos seu retorno, assim aproveitando-se da imensa dedicação de MEYER, os colonos do BINGEN e seus descendentes dirigiam-se a herma considerando-a milagrosa.

Frei Jacob aproveitou-se desta fervorosidade do povo local para direcionar as obras da pequena capela, no que foi auxiliado por D. Maia que estava com a sede da diocese em Petrópolis desde a transferência da Capital, considerou justa a solicitação os moradores locais.

Podemos considerar até hoje esta capela a que reúne a maior quantidade de descendentes de colonos em Petrópolis.

Podemos observar a imagem da mesma capela nos anos 30 segundo registro do postal do Photo-Nietzsch, também pertence a coleção particular do maestro Ernani Aguiar" (Escrito por Oazinguito Ferreira)
Postado por Memória da Colonização Alemã em Petrópolis às 21:07

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